Fio da Navalha
Caminhando no fio de uma navalha invisível, um homem segue sua existência sem perceber os cortes que vão ficando cada vez mais profundos. No começo era apenas a carne, depois os ossos foram se partindo, agora era sua alma que começava a se esfacelar, afligindo-o sobremaneira. O homem famélico gritava palavras sem sentido como se quisesse se fazer ouvido em meio à multidão, que o rodeava entorpecida. Ninguém lhe dava a atenção que ele julgava devida. Tanto barulho por nada. Ele pensou parafraseando Shakespeare... (trecho do conto Estrada da Justiça, Caminho da Perdição... de minha autoria)
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